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Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB), candidatos à Prefeitura da capital, foram advertidos (veja o vídeo abaixo) logo no primeiro bloco do debate promovido por RedeTV/UOL, na manhã desta terça-feira (17/9), por uma troca de acusações feita aos gritos dentro do estúdio.
Marçal foi repreendido pela mediadora do debate, Amanda Klein, antes mesmo de fazer a pergunta, ao chamar o prefeito de “bananinha” – as regras do debate proíbem que os candidatos se dirijam aos adversários por nomes pejorativos. Sob protesto, Marçal fez a pergunta sem citar o nome de Nunes, chamando-o de “futuro ex-prefeito”.
Marçal, contudo, usou o tempo para falar da agressão que sofreu de José Luiz Datena (PSDB) no debate anterior, na TV Cultura, no domingo (15/9). Nunes, em seu tempo, disse que estava “decepcionado” com o rival. “Você chegou agredindo a todos. É o pai da Tabata, é o Datena, é o Boulos”, disse o prefeito. “Nos incomoda essas agressões o tempo todo.”
O candidato do PRTB rebateu: “Falando de respeito, quem agrediu a esposa. Se ela te perdoou, o povo de São Paulo não vai te perdoar. Esse programa é de alto nível, mas você usa seu horário de televisão para me vincular com o crime”.
Marçal disse ainda que Nunes é “Tchutchuca do PCC”, devolvendo ao prefeito a ofensa que recebeu no debate da TV Gazeta, no início do mês, e afirmou que o emedebista será preso por suposto envolvimento na chamada máfia das creches.
“Não é à toa, as pesquisas mostram, é o mais rejeitado”, rebateu Nunes, que pediu respeito a sua família.
“A forma como ele [Marçal] vem colocando e tratando as pessoas é a forma da malandragem de cadeia. Ele cria a provocação”, afirmou Nunes. O prefeito disse que o influencer havia mandado mensagem de solidariedade a ele, “na mesma estratégia que ele fez com aqueles aposentados humildes, de mandar e-mail querendo ganhar a confiança para depois subtrair recursos”, e lembrou da condenação de Marçal por furto qualificado, em 2005.
Foi aí que as gritarias começaram. Marçal negou as acusações que o levaram à condenação. “Você foi preso e vai ser preso por tocar nas merendas das creches”, disse Marçal. Ambos começaram a gritar fora dos microfones, de forma inaudível.
A mediadora Amanda Klein retomou o controle do debate e disse que ambos estavam advertidos. “Isso não vai mais acontecer”, afirmou a jornalista.
O debate da RedeTV/UOL desta terça-feira é o quinto encontro entre os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo. Participam Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo).
Na última pesquisa Datafolha, Nunes aparece com 27% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Guilherme Boulos, com 25%. Na sequência estão Pablo Marçal (19%), Tabata Amaral (8%), Datena (6%), Marina Helena (3%).
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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