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Data para analisar representações contra Inspetor Alberto é marcada pelo Conselho de Ética

Foto: André Lima / CMFor O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (Consetica) da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) irá se reunir, no dia...

Foto: André Lima / CMFor

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (Consetica) da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) irá se reunir, no dia 20 de maio, para avaliar as manifestações ingressadas contra o vereador Inspetor Alberto (PL). 

Segundo o presidente do colegiado, Professor Enilson (Cidadania), em entrevista concedida nessa quarta-feira (14), os pareceres foram recebidos por ele e agora estão sendo analisados, mas, antes da conclusão dessa etapa, o encontro foi convocado.

“Recebi o parecer hoje da Presidência, vindo da Procuradoria da Casa. Agora está sob análise da minha presidência da comissão, mas adiantamos, já marquei para quinta-feira da semana que vem a reunião da comissão”, pontuou. 

De acordo com o parlamentar, esse “é um tempo hábil para analisar e estudar” o que foi remetido ao Consetica. “Aí vou analisar cada projeto”, salientou Enilson, que também anunciou que irá designar, nos próximos dias, o responsável por relatar os casos — que será apenas um para todos eles, conforme falou.

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar não citou os processos enviados para sua análise em sua integralidade. Apesar disso, ele revelou que “todos eles estão voltados para o vereador Inspetor Alberto”. 

Ao que declarou Professor Enilson, “alguns pedidos” que tramitavam chegaram a ser retirados pelos colegas de legislaturas e acabaram substituídos por manifestações de partidos. 

O fato mencionado dá conta de uma movimentação realizada pelo Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) de Fortaleza, que ingressou com uma manifestação contra o próprio Alberto, por falas, durante uma sessão plenária realizada no início de fevereiro, que relacionavam a agremiação política com a atuação de organizações criminosas.

Anteriormente, partidários com assento na Câmara haviam protocolado pedidos de cassação do mandato do liberal por quebra de decoro, que foram retirados com o ingresso do novo pedido pelo órgão partidário. A manobra foi realizada para que os petistas, antes autores, pudessem votar e discutir a aplicação da punição numa eventual tramitação da medida.

Nessa quarta, em entrevista ao PontoPoder, a líder partidária na CMFor, Mari Lacerda (PT), disse que o conjunto de partidários entendeu que seria “melhor reforçar esse pedido pelo partido para que os vereadores possam fazer o debate da matéria mais livremente”. Apesar disso, ela reforçou que tanto o “conteúdo” anterior quanto a “necessidade de debater a questão” permanecem os mesmos. 

Além desse novo protocolo, Alberto também foi alvo de pedidos para a perda do mandato na última legislatura, apresentados no fim de outubro, por gravar um vídeo em que aparece puxando um porco pelas orelhas e fazendo movimentos bruscos enquanto afirmava que o animal iria para a panela.

O conteúdo teria sido publicado no perfil do próprio político no Instagram durante a campanha do segundo turno da eleição da capital cearense, em que seu aliado, André Fernandes (PL), disputou a cadeira de prefeito com Evandro Leitão (PT).

“Você vai para a panela. Leitão, seu desgraçado, você vai para a panela dia 27. Me aguarde”, disse o legislador durante a gravação, fazendo uma alusão entre o sobrenome do petista e o bicho. Na época, ele negou que sua atitude teve o “intuito de causar dor ou desprezo ao animal”.

Uma das representações foi assinada pelos vereadores Gabriel Aguiar (Psol), Adriana Gerônimo (Psol) e Adriana Almeida (PT), 42 entidades da sociedade civil e por um grupo de deputados estaduais que incluiu Renato Roseno (Psol), Larissa Gaspar (PT), Agenor Neto (MDB), Jô Farias (PT) e De Assis Diniz (PT). 

Além deste pleito, o deputado federal Célio Studart (PSD) protocolou uma representação individualmente. Ambas as solicitações apontaram que Inspetor Alberto teria cometido infrações ao decoro parlamentar e crime ambiental no exercício do mandato — delito pelo qual foi indiciado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) em abril deste ano.

À reportagem, o advogado do vereador Inspetor Alberto alegou que ainda não foi informado “de maneira oficial sobre a tramitação dessas representações”. O político também foi contatado, para que pudesse se posicionar sobre o assunto, mas não houve uma devolutiva dele até a publicação desta matéria.

Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste

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