Foto: Reprodução A defesa do policial Wladimir Soares, pediu, nesta sexta-feira (16), o adiamento do julgamento do chamado “Núcleo 3” da tra...
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Foto: Reprodução |
A defesa do policial Wladimir Soares, pediu, nesta sexta-feira (16), o adiamento do julgamento do chamado “Núcleo 3” da trama golpista, que terá início na Primeira Turma do Supremo na próxima terça-feira (20) e segue até a quarta-feira (21).
A solicitação vem após a divulgação do relatório da Polícia Federal, que contém áudios de WhatsApp do agente. No conteúdo, ele falava estar “preparado para prender” o ministro Alexandre de Moraes, que, nas palavras dele, "deveria ter a cabeça cortada".
Na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), há 12 pessoas, incluindo Soares e integrantes de forças de segurança, que formariam o núcleo 3 da trama golpista.
A defesa do agente alegou que precisava de mais tempo para apresentar um complemento à resposta à denúncia da PGR, mas Alexandre de Moraes, relator do caso, rejeitou o pedido, dizendo que a denúncia não foi baseada em novos elementos.
Segundo os advogados de defesa, Luiz Carlos Magalhães e Ramón Mas Gomez Júnior, a resposta “à denúncia é o momento oportuno para que a defesa técnica possa apresentar justificações e arrolar testemunhas", e que isso "requer a reabertura de prazo para complementar a mesma, consequentemente o adiamento do julgamento de admissibilidade", alegaram.
'Matar meio mundo de gente'
A Polícia Federal conseguiu recuperar as mensagens do policial através do backup do WhatsApp do computador de trabalho dele, e entregou nesta semana um relatório complementar com a transcrição das conversas.
Nas mensagens, Wladimir demonstrava inconformismo com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PF chegou a afirmar que estava preparado para prender Moraes, e que ele “deveria ter a cabeça cortada". Segundo ele, caso o plano fosse concretizado, iria “matar meio mundo de gente”.
“O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente [de] colocar um diretor da Polícia Federal, né? O Ramagem. Tinha que ter cortado a cabeça dele, era ali. Você tá entendendo?”, diz ele em um trecho da conversa.
“A gente estava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre Moraes. Eu ia estar na equipe”, afirmou em conversa em 2 de janeiro de 2023. “A gente ia com muita vontade, a gente ia empurrar meio mundo de gente. Matar meio mundo de gente. Estava nem aí já, cara”, admitiu.
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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