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Esposo de Zambelli, prorroga licença como secretário de cidade cearense

Foto: Reprodução/Facebook Licenciado da função de secretário da Segurança Pública de Caucaia desde o último dia 21 de maio, coronel Antônio ...

Foto: Reprodução/Facebook

Licenciado da função de secretário da Segurança Pública de Caucaia desde o último dia 21 de maio, coronel Antônio Aginaldo de Oliveira estendeu o período de afastamento do cargo na última terça-feira (3). A prorrogação ocorreu após a esposa do gestor, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ser condenada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 10 anos de prisão. Também na terça-feira, ela anunciou que deixou o Brasil em busca de suposto tratamento médico no exterior.

Zambelli foi condenada no último dia 17 de maio por conta da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Quatro dias depois da decisão, Aginaldo pediu licença das funções em Caucaia. Inicialmente, o afastamento seria até 30 de maio, contudo, o novo prazo se estende até 29 de junho.

Na publicação no Diário Oficial do Município, o secretário adjunto Marcos Antonio Jesus Lima de Sena é designado para ficar à frente da Pasta. Apesar da licença desde o fim do mês passado, Aginaldo não teve impactos sobre o salário de maio. Conforme o Portal da Transparência da Prefeitura de Caucaia, ele recebe, mensalmente, R$ 15 mil em proventos. 

SAÚDE

Oficialmente, Aginaldo alega que a licença é necessária para ele acompanhar um parente doente, contudo, não identifica quem seria. Nas redes sociais, a última publicação de Aginaldo foi justamente em 17 de maio, data da condenação da esposa. 

Até o momento, não há informações sobre o paradeiro do secretário. Já Zambelli, ao deixar o Brasil, seguiu para os Estados Unidos e deve se estabelecer na Itália, onde pedirá afastamento do mandato na Câmara dos Deputados.

Nesta quarta (4), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva da parlamentar. Ele ainda ordenou o bloqueio dos passaportes, de salários e outras verbas, bens, ativos e contas bancárias, incluindo PIX; bloqueio de veículos em nome dela; bloqueio dos perfis em redes sociais, além de multa diária de R$ 50 mil. O magistrado também determinou que o nome dela seja incluído na lista vermelha da Interpol.

TRAJETÓRIA

Antônio Aginaldo de Oliveira ganhou projeção nacional em 2019 ao ser nomeado diretor da Força Nacional de Segurança Pública (FNS). Três anos depois, sob bênção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele entrou no mundo da política. No Ceará, ele concorreu a deputado federal em 2022, quando não foi eleito.

Em 2024, o ex-militar fez sua estreia em pleitos municipais na disputa pela Prefeitura de Caucaia, tendo Luana Forte como sua candidata a vice-prefeita. No primeiro turno, Aginaldo ficou em 4º lugar com 12,24%, atrás de Naumi Amorim (38,42%), Waldemir Catanho (24,67%) e Emília Pessoa (24,67%).

O bolsonarista também foi membro da Polícia Militar por mais de 30 anos, ocupando postos de destaque na corporação, além de ter se formado no Curso de Operações Especiais (BOPE/RJ), tornando-se um “caveira”.

A Prefeitura de Caucaia foi procurada e questionada sobre o pagamento de proventos ao secretário, mas não houve retorno.

Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste

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