Foto: Fellipe Sampaio /STF O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou, nesta segunda-feira (2), a fase dos ...
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Foto: Fellipe Sampaio /STF |
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou, nesta segunda-feira (2), a fase dos depoimentos das testemunhas de acusação e defesa dos réus do chamado "núcleo crucial" da trama golpista arquitetada em 2022 — após as últimas eleições presidenciais — para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com o fim do processo, o interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros réus foi marcado para a próxima segunda-feira (9).
O núcleo é formado por Bolsonaro e outros sete réus, incluindo o ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, o general Walter Braga Netto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
Os depoimentos começaram a ser colhidos no último 19 de maio. Foram ouvidas, ao todo, 52 testemunhas arroladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, e pelas defesas dos oito acusados.
A última testemunha foi o senador Rogério Marinho (PL-RN). O parlamentar foi indicado pela defesa de Bolsonaro e do general Braga Netto.
Depoimento de Marinho
Marinho prestou depoimento nesta segunda-feira e negou que Bolsonaro e Braga Netto tenham sinalizado ou comentado que tomariam qualquer medida de ruptura institucional após o resultado do pleito que terminou com a vitória de Lula.
O senador também negou saber de algo que ligue o ex-presidente aos atos golpistas de 8 de Janeiro. "Vi o presidente preocupado que não houvesse bloqueio de radicais, impedimento de ir e vir, para que não fosse colocado sobre ele a pecha de atrapalhar a economia e a mudança no País", depôs o político.
Ele acrescentou que Bolsonaro estava "triste" naquele período. "Nós todos estávamos tristes, mas o presidente estava preocupado com esse processo de transição e com o pronunciamento aos eleitores", afirmou Marinho.
Possíveis penas
Caso Bolsonaro e outros réus sejam condenados, as penas ultrapassam 30 anos de prisão.
Os envolvidos no "núcleo 1" da trama golpista respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Lembre quem são os réus
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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