Arte: Gil Moura A emissora de rádio e televisão da República Islâmica do Irã (IRIB) foi atingida por um bombardeio de Israel, nesta segunda-...
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Arte: Gil Moura |
A emissora de rádio e televisão da República Islâmica do Irã (IRIB) foi atingida por um bombardeio de Israel, nesta segunda-feira (16), durante o quarto dia de conflito entre as nações do Oriente Médio. O ataque aconteceu durante uma transmissão ao vivo do canal, que teve o sinal interrompido imediatamente logo em seguida.
Imagens do momento foram compartilhados pela imprensa iraniana. Na gravação, é possível observar uma apresentadora criticando a investida israelense em um programa, que parece ser um telejornal.
Então, a câmera treme, o cenário atrás da comunicadora fica escuro e surge fragmentos do estúdio e nuvens de poeira voando pelo ambiente. Depois, a mulher levanta e deixa o local.
Após o ataque, a emissora retomou a transmissão. "O regime [israelense] desconhecia o fato de que a voz da revolução islâmica e do Irã em geral não seria silenciada por uma operação militar", disse Hassan Abedini, funcionário de alto escalão do canal.
Pouco antes do bombardeio, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou que a televisão e a rádio estatais iranianas estavam "prestes a desaparecer". O Exército de Israel também emitiu um alerta para a evacuação da área onde fica a sede dos veículos de comunicação, no nordeste de Teerã.
A área, um bairro nobre da capital iraniana, abriga, além do IRIB, um importante prédio da polícia, as embaixadas do Catar, Omã e Kuwait, o escritório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), assim como os escritórios da AFP e vários hospitais.
Conflito entre Irã e Israel
O conflito começou na sexta-feira, quando o Exército israelense lançou um ataque sem precedentes contra o Irã, com o objetivo declarado de impedir que o país se equipe com armas nucleares.
Após décadas de guerra indireta e operações pontuais, esta é a primeira vez que os dois países se enfrentam militarmente com tamanha intensidade.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado de Israel, instou nesse domingo os dois países a "chegarem a um acordo". O mandatário disse que era "possível" que seu país se envolvesse no conflito, mas garantiu que "não está envolvido neste momento".
No entanto, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou ter "provas sólidas sobre o apoio de forças e bases americanas" aos ataques de Israel.
Um alto responsável militar iraniano, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas, prometeu uma resposta "devastadora" e advertiu que em breve Israel "não será habitável".
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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