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Marcius Melhem falou sobre a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que rejeita o pedido de arquivamento da denúncia contra ele feito pelo Ministério Público (MP) do Estado. A decisão também definiu que as audiências do caso serão na primeira semana de agosto.
Em vídeo ao vivo no YouTube, ele explicou que não poderia dar muitos detalhes sobre o novo passo do processo. Entretanto, ressaltou que isso “é um ótimo sinal”.
Entenda decisão da Justiça contra Marcius Melhem
O Ministério Público pediu o arquivamento das denúncias contra o ator e ex-diretor de humor da TV Globo por “inexistência de justa causa para a presente demanda”.
Ele é acusado por de assédio sexual por duas atrizes e uma editora de imagem que eram chefiadas por ele na emissora. A denúncia do MP corre desde agosto de 2023.
O pedido foi negado pela juíza Juliana Benevides de Barros Araújo, que também marcou audiências do caso.
Na ação, ela explica que, “diante de todos os indícios de autoria e materialidade juntados até o presente momento, há justa causa suficiente para o prosseguimento da ação”.
“Primeiro, eu procurei a Justiça, portanto não tenho medo da Justiça. Embora seja, de fato, assustador enfrentar uma coisa dessas na Justiça”, afirmou.
Ele ainda pontuou que “quatro ou cinco delegadas” avaliam as denúncias contra ele e nenhuma pediu o indiciamento. Além disso, destacou que “o promotor do caso pediu a absolvição” dele.
“O Estado pediu a minha absolvição. Agora, a fase de audiência é justamente para que os advogados e o Ministério Público façam as perguntas que tem que fazer.”
No vídeo, ele ressaltou que “já era réu” e destacou detalhes que precisam ser avaliados sobre o caso. “Minhas atitudes serão julgadas. Haja o resultado que houver nesse julgamento. Mas é preciso mostrar como tudo funciona. Como as coisas são claramente interligadas”.
Melhem ainda criticou a cobertura da imprensa sobre o caso, a qual disse ser “uma vergonha” e uma “cobertura irresponsável”.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra Marcius Melhem pelo crime de assédio sexual praticado contra três vítimas. O MP arquivou o processo de outras oito mulheres porque os crimes, que em tese teriam sido cometidos pelo humorista, prescreveram.
Entre as denúncias arquivadas, estão as de Dani Calabresa, Renata Ricci e Verônica Debom. As outras mulheres não serão citadas porque nunca falaram publicamente sobre os casos de assédio.
A prescrição do crime de assédio sexual é de quatro anos. A apuração do inquérito durou dois anos e meio. As três denúncias aceitas pelo MP são referentes a supostos assédios cometidos no final de 2019 e início de 2020. As oito negadas aconteceram antes de agosto de 2019.
Marcius virou réu por assédio sexual em 9 de agosto. A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia feita pela promotora Isabela Jourdan, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Os casos pelos quais o humorista virou réu foram os assédios às atrizes Georgiana Góes e Carol Portes e contra uma jornalista, que optou por não tornar pública a acusação.
Matéria em atualização.
Da redação do Conexão Correio com Metrópoles
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