Geraldo Alckmin diz que considera pedir a Trump mais prazo para negociar taxas; entenda - Conexão Correio

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Geraldo Alckmin diz que considera pedir a Trump mais prazo para negociar taxas; entenda

Samuel Reis/Metrópoles O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou, nesta terça-feira (15/7), a possibilidade de solicitar a extensão ...

Samuel Reis/Metrópoles

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) confirmou, nesta terça-feira (15/7), a possibilidade de solicitar a extensão do prazo de negociações no âmbito do “tarifaço” de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras.

“Nós queremos resolver o problema e o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou o vice-presidente após reunião com empresários do setor da indústria.

Alckmin também reforçou que o governo federal, ao lado dos setores prejudicados, trabalhará para reverter a sanção comercial anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump.

Participaram da reunião, do lado do governo federal:

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento;

Marcio Rosa, secretário-executivo;

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior;

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços;

Rodrigo Zerbone, secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior;

Rui Costa, ministro da Casa Civil;

Bruno Moretti, secretário Especial de Análise Governamental da Casa Civil;

Jairo Gonçalves, assessor-chefe da Casa Civil;

Maria Laura da Rocha, embaixadora, ministra substituta do Ministério das Relações Exteriores;

Maurício Carvalho Lyrio, embaixador, secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE;

Fernando Meirelles de Azevedo Pimentel, embaixador, diretor do Departamento de Política Comercial do MRE;

Fernando Haddad, ministro da Fazenda;

Guilherme Mello, secretário de Política Econômica;

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos;

Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento;

Olavo Noleto, secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da SRI;

Celso de Tarso, embaixador, chefe da Assessoria Especial Diplomática;

Vilma da Conceição Pinto, chefe da Assessoria de Assuntos Econômicos e Sociais;

Daniel Brito, primeiro secretário da Assessoria Especial Diplomática.

Do lado dos setores, estavam presentes:

Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer;

Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI);

Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp);

José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq);

Haroldo Ferreira, presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados);

Janaína Donas, presidente-Executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL);

Fernando Pimentel, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT);

Paulo Roberto Pupo, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);

Paulo Hartung, presidente Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ);

Armando José Giacomet, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci);

Rafael Lucchesi, CEO da Tupy;

Giovanni Francischetto, superintendente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas);

Edison da Matta, diretor Jurídico e de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças);

Cristina Yuan, diretora de Relações Institucionais do Instituto Aço Brasil;

Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG;

Fausto Varela, presidente SINDIFER;

Bruno Santos, diretor executivo ABRAFE;

Alexandre Almeida, diretor da RIMA.

Brasil é principal alvo do tarifaço

Desde o início da semana passada, os EUA têm notificado oficialmente os países sobre a implementação de tarifas unilaterais na importação de produtos e bens. Até o momento, 24 parceiros comerciais foram taxados.

O Brasil foi o maior prejudicado pela sanção comercial de Trump, com uma tarifa de 50%. Em resposta, o governo brasileiro defendeu a soberania nacional e se mostrou aberto para negociar com os norte-americanos.

Lei de Reciprocidade Econômica

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade Econômica.

O texto estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que impactem o Brasil.

O decreto também formaliza a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, responsável por deliberar sobre a aplicação de contramedidas provisórias e acompanhar as negociações sobre as medidas unilaterais impostas contra o país.

Integram o comitê o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que o presidirá, e os ministros da Casa Civil da Presidência, da Fazenda e das Relações Exteriores.

Com o tarifaço, diversos setores produtivos podem ser afetados, com destaque para agricultura e indústria de produção. De acordo com dados oficiais, cerca de 12% das exportações brasileiras têm como destino o mercado norte-americano.

Entre os principais produtos exportados para os EUA, estão: óleos brutos de petróleo, ferro, aço, celulose, café, suco de laranja, carne bovina, aeronaves e máquinas para o setor de energia.

Caso os países não cheguem a um acordo até 1º de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não descartou a possibilidade de aplicar o princípio da reciprocidade, previsto na Lei de Reciprocidade Econômica.

Confira a lista dos afetados pelo tarifaço:


Brasil: 50%

Laos: 40%

Myanmar: 40%

Camboja: 36%

Tailândia: 36%

Bangladesh: 35%

Sérvia: 35%

Indonésia: 32%

África do Sul: 30%

Argélia: 30%

Bósnia e Herzegovina: 30%

Iraque: 30%

Líbia: 30%

México: 30%

União Europeia: 30%

Sri Lanka: 30%

Brunei: 25%

Cazaquistão: 25%

Coreia do Sul: 25%

Japão: 25%

Malásia: 25%

Moldávia: 25%

Tunísia: 25%

Filipinas: 20%

*Todas as tarifas entram em vigor a partir de 1º de agosto.

Da redação do Conexão Correio com Metrópoles

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