Luizianne não oficializou pré-candidatura e foco é Guimarães diz presidente reeleito do PT-CE - Conexão Correio

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Luizianne não oficializou pré-candidatura e foco é Guimarães diz presidente reeleito do PT-CE

Foto: Reprodução/Instagram Conin Eleito com mais de 90% de apoio de filiados e filiadas do PT, Antônio Filho, o Conin, elenca quais devem se...

Foto: Reprodução/Instagram Conin

Eleito com mais de 90% de apoio de filiados e filiadas do PT, Antônio Filho, o Conin, elenca quais devem ser as prioridades para o novo mandato a frente do PT Ceará, com foco nas eleições de 2026. Entre elas, estão a reeleição do presidente Lula (PT) e do governador Elmano de Freitas (PT) e a apresentação de José Guimarães (PT) como pré-candidato ao Senado. "Não tenho dúvida que o PT terá, sem muita dificuldade, essa unidade em torno do nome do Guimarães", disse o presidente do PT Ceará, em entrevista ao PontoPoder, nesta quinta-feira (10).

Ao ser questionado sobre a decisão de apoiar Guimarães para o Senado, mesmo que o PT tenha outra pré-candidatura ao cargo, a da deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), ele disse que "ela não chegou a colocar a pré-candidatura". "Alguns apoiadores da Luzianne cogitaram a possibilidade dela ser uma opção para o Senado, de colocar a candidatura para o Senado. Mas a Luizianne nunca manifestou para o PT nem oficializou essa decisão de disputar a vaga para o Senado", pontuou.

A pré-candidatura de Luizianne ao Senado foi lançada no início de abril, durante ato do Campo da Esquerda. Na época, a deputada disse que "ninguém pode fugir às tarefas que coletivamente estão colocadas" e que a pré-candidatura "é um processo da gente fazer essa discussão dentro e fora do partido". 

Conin, no entanto, afirma que ela "nunca chegou para o partido colocando essa decisão de disputar a vaga do Senado, não". Ele acrescentou, contudo, que considera "natural" que o nome dela seja ventilado para a disputa, por ser "uma grande liderança". 

A deputada foi procurada sobre a declaração, através da assessoria de imprensa, mas não houve manifestação até a publicação desta matéria. O espaço está aberto.

A disputa pelas duas vagas para o Senado na chapa governista não se restringe ao PT. Partidos que integram a base aliada ao governador Elmano de Freitas também demonstram interesses em concorrer a uma cadeira na Casa Alta do Congresso Nacional em 2026. Nomes como Eunício Oliveira (MDB), Chiquinho Feitosa (Republicanos) e Júnior Mano (PSB) são alguns dos que estão colocados como potenciais pré-candidatos. 

Conin ressaltou que o diálogo com as siglas aliadas "com muita tranquilidade" e disse que a demanda do PT por uma vaga ao Senado "não gerará nenhuma dificuldade". "Até porque nós temos duas vagas para o Senado, temos a vaga de vice da chapa, nós temos a suplência. Enfim, dá pra gente fazer uma boa construção", ressaltou.

'Pluralidade de ideias'

Reconduzido ao cargo de presidente do PT Ceará no Processo de Eleição Direta (PED), realizado no último domingo (6), Conin enfrentou a vereadora Adriana Almeida (PT). Ela era candidata à presidência estadual pelo Campo da Esquerda, ala liderada por Luizianne Lins. 

O grupo tem sido o mais crítico a posicionamentos de alas majoritárias do PT, inclusive com questionamentos quanto ao recorde de filiações ao partido durante a Campanha Nacional de Filiações, de dezembro de 2024 a fevereiro de 2025. 

"Eu não vejo essas observações, críticas, como você queira chamar, como um problema. Pelo contrário, vejo como uma contribuição para um debate que nós temos que dar atenção, que ouvir. (...) Isso é muito natural do PT", pontuou Conin. 

Ele disse que não acredita "que houve excesso" quanto às filiações. O Ceará foi o segundo estado com maior número de novos filiados ao PT, atrás apenas do Rio de Janeiro. "Vi uma movimentação natural. E deu bom resultado, tanto que a participação aumentou", disse. 

"Mas não custa nada a gente checar, observar o que a deputada está colocando. Eu defendo sempre um ponto de equilíbrio nessa questão das filiações. Nem pode escancarar e nem pode trancar o PT", reforçou.

Para ele, as divergências representam "pluralidade de ideias". "Não é divisão, isso é debate, são pontos de vista diferentes", disse e acrescentou que "não terá nenhuma dificuldade em construir unidade no PT". 

Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste

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