Foto: Ricardo Stuckert/PR Em meio à crise diplomática com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros quatro líd...
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Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Em meio à crise diplomática com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros quatro líderes da América Latina e da Europa assinaram um manifesto em defesa da democracia e contra o avanço de discursos autoritários. O documento foi publicado nesse domingo (20), na Folha de S. Paulo.
O texto é assinado pelos presidentes Lula, Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia).
No artigo, os mandatários criticam o avanço da desinformação nas redes sociais, o crescimento das desigualdades e a deterioração das instituições democráticas em diferentes partes do globo. "Não cabe o imobilismo nem o medo. Defendemos a esperança. [...] Resolver os problemas da democracia com mais democracia", afirmam.
De acordo com O Globo, a medida é uma tentativa do governo de consolidar a imagem de Lula como articulador da frente democrática global.
Resposta indireta a Trump
Embora não cite Donald Trump diretamente, o manifesto é considerado uma "resposta indireta" ao presidente estadunidense, por citar os discursos de ódio disseminados em redes sociais — e um dos principais pontos de tensão entre EUA e Brasil é a intenção do governo brasileiro de regulamentar essas plataformas.
Além disso, o artigo ressalta o papel da sociedade civil como agente protetor da democracia. "Defender a democracia nestes tempos difíceis não é apenas resistir e proteger, mas propor e seguir avançando. É a tarefa urgente do nosso tempo", entendem os presidentes.
Reunião no Chile
Os governantes estão em Santiago, no Chile, para a Reunião de Alto Nível "Democracia Sempre".
O evento ocorre nesta segunda-feira (21) e contará, também, com as participações de outros chefes de Estado, de representantes da sociedade civil e de organizações sociais para discutir maneiras de fortalecer a democracia frente a ameaças autoritárias e crescente polarização.
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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