Foto: Divulgação/Republicanos A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (3), a segunda fase da "Operação Flame-19" que ...
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Foto: Divulgação/Republicanos |
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (3), a segunda fase da "Operação Flame-19" que investiga o desvio de verbas públicas para alimentação durante o período da pandemia de Covid-19. Segundo o jornal O Globo, um dos alvos da investigação é o governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).
O governador foi afastado do cargo por seis meses após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Contra ele, foram cumpridos mandados no Palácio Araguaia, sede do governo, e na Assembleia Legislativa do Estado de Tocantins (Aleto).
Conforme informado pela PF, mais de 200 agentes cumprem 51 mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, em Palmas (TO), Araguaína (TO), Distrito Federal, Imperatriz (MA) e João Pessoa (PB).
A operação pretende colher elementos que comprovem as suspeitas da corporação, enquanto as investigações tramitam sob segredo de justiça no STJ.
Entenda os detalhes da 'Operação Flame-19'
Wanderlei e os outros suspeitos são investigados em um processo que apura fraudes em contratos de cestas básicas voltadas para vítimas da pandemia de Covid-19. Os episódios teriam ocorrido entre 2020 e 2021, segundo a PF.
A Polícia ainda detalha que mais de R$ 97 milhões foram pagos para o fornecimento das cestas e frangos congelados, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões. Os valores desviados teriam sido ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.
Até o momento, nenhum órgão do governo de Tocantins se manifestou sobre o afastamento do chefe de Estado.
Cunhado do governador também foi preso pela PF
Em março, a PF prendeu Goianyr Barbosa de Carvalho, ex-prefeito de Almas, em Tocantins, e cunhado de Wanderlei Barbosa. O filho dele, o advogado Thiago Marcos Barbosa, foi alvo de busca e apreensão na mesma operação, assim como o procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins (MPTO).
Goianyr era investigado por lavagem de dinheiro, após a Polícia Federal flagrar uma mochila com R$ 22,5 mil em sua casa. Segundo o g1, na época, o político chegou a jogar o dinheiro pela varanda ao notar a movimentação atípica em sua residência. Já Thiago trabalhava como assessor jurídico no gabinete de Ricardo Vicente.
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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