Arte Gil Moura: Imagem ilustrativa 'Após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante a cúpula da As...
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| Arte Gil Moura: Imagem ilustrativa |
'Após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), no domingo (26), o governo brasileiro deve enviar, já na próxima semana, sua “tropa de choque” de negociadores para Washington, em uma nova rodada de discussões sobre o tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
O grupo será formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio, também vice-presidente da República). A missão deverá abrir formalmente as tratativas após a sinalização política positiva dada pelos dois líderes no encontro.
“O que havia de ser feito no campo político foi feito. Agora começa o trabalho técnico”, disse um assessor presidencial ao resumir o clima nas conversas.
Negociação em andamento
Tanto representantes brasileiros quanto americanos já começaram a definir a estrutura e o cronograma das próximas reuniões, com foco em temas prioritários e medidas de curto prazo.
Embora o governo brasileiro tenha avaliado o encontro como “positivo e produtivo”, não houve, até o momento, definição de uma suspensão temporária das tarifas, pleito apresentado diretamente por Lula a Trump.
O objetivo imediato do Brasil é obter a suspensão da sobretaxa de 50% sobre produtos nacionais exportados aos Estados Unidos.
Segundo auxiliares do Palácio do Planalto, o gesto é visto como um sinal de boa vontade esperado de Washington, após a demonstração pública de otimismo de Trump quanto à possibilidade de um acordo.
Reuniões preliminares
As primeiras conversas técnicas ocorreram nesta segunda-feira (27), um dia após o encontro presidencial.
Participaram, do lado brasileiro, o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, e Audo Faleiro, assessor internacional da Presidência.
Representando os Estados Unidos, estiveram Scott Bessent, secretário do Tesouro, e Jamieson Greer, representante de Comércio. O secretário de Estado, Marco Rubio, não compareceu.
Próximos passos
Apesar da pressa de Brasília e do discurso otimista de Trump, ainda não há um cronograma definido para as próximas etapas. Isso porque os assessores do presidente americano acompanharão o republicano nos próximos dias à reunião da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Seul, onde está previsto um encontro com o presidente da China, Xi Jinping — prioridade da Casa Branca no momento.
Da redação do Conexão Correio com

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