Foto: Stellarium Na tarde do dia da Independência, 7 de setembro, o céu vai encenar um belo fenômeno da mecânica celeste: um eclipse lunar...
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Foto: Stellarium |
Na tarde do dia da Independência, 7 de setembro, o céu vai encenar um belo fenômeno da mecânica celeste: um eclipse lunar total. A Lua passará inteiramente pela sombra da Terra, na parte mais escura chamada de umbra, e assumirá um tom avermelhado.
Mas atenção, o eclipse, praticamente, não será visível do Brasil. A totalidade poderá ser observada em regiões como Europa, África, Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Por aqui, a Lua estará abaixo do horizonte durante a maior parte do evento. Para quem não quer perder o espetáculo, a dica é acompanhar a transmissão ao vivo por canais como o Observatório Nacional neste link.
O início da penumbra está marcado para 12:28, horário local corresponde a 15h28 UTC, que significa "Tempo Universal Coordenado" — o fuso horário de referência usado na astronomia mundial. No horário de Brasília (BRT), que é 3 horas atrás do UTC em setembro, isso corresponde quase ao meio dia. Nessa fase, a Lua começa a entrar na sombra mais tênue da Terra, mas o escurecimento é tão sutil que quase ninguém percebe.
Abaixo a descrição completa dos principais pontos do evento astronômico no horário do Brasil do eclipse lunar de 7 de setembro de 2025.
12h28 (horário de Fortaleza): Início da penumbra. A Lua começa a entrar na sombra tênue da Terra, mas ainda está abaixo do horizonte e não pode ser observada diretamente. Mas é possível acompanhar pela internet.
13h27: Início da fase parcial. A sombra mais escura (umbra) começa a cobrir a Lua, ainda fora do campo de visão local.
14h30: Início da totalidade. A Lua estaria completamente imersa na umbra, mas permanece abaixo do horizonte em Fortaleza.
15h11: Máximo do eclipse. O ponto de maior cobertura ocorre, mas não é visível na região.
15h52: Fim da totalidade. A Lua começa a sair da sombra escura, ainda não visível.
16h56: Fim da fase parcial. A sombra escura deixa de cobrir a Lua, que continua abaixo do horizonte.
17h36: Nascer da Lua. A Lua começa a surgir no horizonte leste de Fortaleza, e em boa parte do Nordeste Brasileiro. Recomenda-se estar em local elevado ou com vista desobstruída para o leste.
17h38: Momento de maior magnitude visível localmente. A Lua está acima do horizonte, mas o verdadeiro ápice do eclipse já passou.
17h55: Fim da penumbra. A Lua sai completamente da sombra tênue da Terra.
Mesmo que o Brasil não esteja na rota de visibilidade total, o nordeste pode ver um pouquinho do eclipse ao final.
Por que a Lua fica vermelha?
Durante a totalidade, a luz do Sol atravessa atmosfera da Terra pelos lados,
a cor azul é facilmente espalhada (por isso o céu é azul). A luz vermelha consegue atravessar e chegar à Lua dando o tom avermelhado ao nosso satélite funcionando como uma tela de projeção. Por isso também o céu é alaranjado (amarelo queimado em bom cearês) durante o pôr do Sol.
E quando veremos um eclipse lunar no Brasil novamente?
Segundo a NASA, o próximo eclipse lunar total visível em boa parte do território brasileiro será em 3 de março de 2026. Até lá, vale acompanhar os eventos pela internet e se preparar para o próximo espetáculo visível a olho nu.
Toda vez que a Lua se pinta de vermelho durante um eclipse total, não faltam vozes dizendo que é sinal do apocalipse, do juízo final ou de alguma profecia esquecida. Mas a ciência, sempre com os pés no chão e os olhos no céu, garante: não há nada de sobrenatural nisso.
Ao contrário do que muitos sites e blogs falam, esse fenômeno não é raro. Só nos últimos dois mil anos, ocorreram cerca de 4 mil eclipses lunares totais, todos com a famosa “Lua Vermelha”. Nenhum deles trouxe o fim do mundo, mas todos trouxeram beleza, curiosidade e boas oportunidades para aprender sobre o cosmos.
Da redação do Conexão Correio com Diário do Nordeste
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